segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A metacontingência da cooperação.

Pormenores do desempenho coordenado de dois ratos (dados ainda não publicados). A linha azul, superior, é produzida pelo comportamento cumulativo do rato Azul; a linha do meio pelo rato cinza. O comportamento individual nunca é reforçado. Quando respondem ao mesmo tempo (linha preta), a unidade para o esquema de reforço é um tipo de produto agregado - a ocorrência de duas respostas praticamente simultâneas (contingências comportamentais entrelaçadas) é acusada pelo equipamento (produto agregado).
Neste exemplo cada animal recebeu reforço separadamente depois de uma razão fixa de 50 respostas (FR 50).No canto esquerdo inferior da primeira foto a dupla acabou de ser reforçada e exibe a pausa pós-reforço característica. Algumas poucas respostas de cada rato são independentes, o responder colaborativo ocorre mais ou menos onde se poderia prever o fim da pausa em FR 50 .
Responder em estado estável leva tempo, principalmente com animais sem experiência no laboratório. A foto da direita mostra um exemplo com FR 6. O desempenho em razão fixa da dupla é prejudicado pelo desempenho errático de um dos parceiros. "Enganos" como esse tendem a desaparecer com mais treino.
O gráfico superior mostra que os ratos "desperdiçam" pouco esforço, pois quase todas as suas respostas contam para a razão fixa 50. Quand a coordenação entre os dois ainda não é boa, ambos trabalham mais mdo que o requerido (abaixo, FR 6).

Referência:
Carvalho, L. C., Santos, L., Regaço. A., Barbosa, T. B., Souza, R. F., Souza, D. G., & Sandaker, I. (2018). Cooperative responding in rats maintained by fixed‐ and variable‐ratio schedules. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 110, 105-126.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Análise do comportamento e qualidade de vida nas metrópoles.




            A preocupação com a qualidade de vida nas metrópoles sempre existiu, só aumentou com a tendência mundial de êxodo do campo para as cidades. Nos Estados Unidos, especialmente depois da II Guerra Mundial, Wilson & Kelling (1982) argumentaram que a principal causa da queda na qualidade de vida nas cidades se devia a “desordeiros”, não necessariamente violentos nem necessariamente criminosos, mas sem respeito ou imprevisíveis: mendigos, bêbados, viciados, adolescentes desordeiros, prostitutas, vagabundos e os mentalmente perturbados. Essa “população” cresceu a ponto de incomodar porque a policia nunca tinha lidado adequadamente com a questão. Wilson &  Kelling defenderam a ação da polícia para combater esses casos para evitar que se transformassem em problemas mais sérios como crimes graves, no que veio a ser chamado de Teoria da Janela Quebrada, como no título do artigo: Broken windows: The police and neighborhood safety (Janelas quebradas: a polícia e a segurança da vizinhança).

Tolerância Zero

            Em 1986 o Promotor Federal de San Diego, California ficou nacionalmente conhecido por determinar que fosse apreendido todo navio que estivesse carregando qualquer quantidade de drogas ilegais. O programa estadual, denominado Tolerância Zero, se tornou federal pela ação do Procurador da República dos Estados Unidos, Edwin Meese em 1988, que ordenou que veículos e propriedades de qualquer pessoa cruzando as fronteiras com qualquer quantidade de drogas fossem apreendidos e os responsáveis processados criminalmente (Skiba & Knesting, 2001).

Janela Quebrada

            A teoria de Wilson & Kelling (1982) foi um marco nos Estados Unidos na explicação da chamada crise urbana, colocando em evidência a questão comportamento/consequência quando se atribuia o problema a fatores materiais. Weaver (2016) chama a atenção para as duas correntes ligadas a diferentes visões políticas, mas ideologia de lado, as crises urbanas que foram adequadamente tratadas envolveram tanto recursos materiais quanto culturais (relações condicionais comportamento-consequência). Os trabalhos antigos que falam em Janelas Quebradas estavam mais preocupados com a segurança pública nos espaços urbanos – controlar os espaços para controlar os comportamentos. Favelas inteiras foram demolidas e em seu lugar foram construídos arranha-céus que fizeram a fortuna dos que investem no mercado imobiliário e as prefeituras que passaram a arrecadar muito mais impostos. Principalmente depois de Wilson  Kelling (1982) Janela Quebrada também foi chamada de Tolerância Zero – assim como não se deve deixar passar uma janela quebrada sem consertar, não há crime, infração ou ofensa que seja tão inofensivo que não deva ser punido.

As dificuldades para cumprir a lei.

            Uma prisão pode representar o início de uma cadeia comportamental envolvendo agências e agentes públicos ao longo de meses ou anos. As leis geralmente envolvem comportamento complexo - complexo no sentido de que seus artigos descrevem mais do que respostas únicas, especificam as circunstâncias aplicáveis, as consequências e, às vezes, apontam condições atenuantes. O controle envolve uma rede de leis; um único ato ilegal põe em movimento todo um conjunto de órgãos governamentais. Como uma sociedade pode garantir que uma nova lei, aprovada com a intenção de promover mudanças nas práticas culturais, controle o novo comportamento dos cidadãos e dos agentes governamentais? (Todorov, 2005).

A lei é melhor escrita quando trata de comportamento indesejável do acusado e do comportamento dos policiais ao lidar com o problema. Pode-se ver o sistema judiciário de um país como um sistema cultural. Existem no sistema judiciário contingências comportamentais interligadas que definem suas práticas culturais particulares (Todorov, 1987, 2005; Cabral & Todorov, 2015; Carvalho & Todorov, 2016). O sistema judiciário é composto por estruturas físicas e organizacionais, e de seus membros, juízes, advogados, advogados e afins. Mas, como sistema cultural, o judiciário depende inteiramente dos repertórios comportamentais de seus membros. Quando uma nova lei apenas descreve as práticas culturais em curso em uma determinada comunidade, a aplicação da lei não conflita com os repertórios comportamentais dos agentes governamentais encarregados. Isso parece ter acontecido com o procedimento Tolerância Zero. Mudanças nas práticas culturais da comunidade exigem mudanças prévias nos repertórios comportamentais daqueles que devem fazer cumprir a lei. Em um sistema que já é lento, se não arcaico, a tomada de decisão por juízes e advogados, por vezes, segue a linha de menor esforço. (Glenn, 1993; Todorov, 2005).


            Independentemente da redistribuição espacial dos pobres, comportamentos inadequados continuariam a desvalorizar qualquer área urbana (Jackson, Bradford, Hohl & Farrall, 2009). De 1994 a 2001 a maior e mais conhecida experiência de mudança cultural aconteceu em Nova Iorque, comandada pelo prefeito Rudolf Giuliani, usando conceitos e procedimentos já usados por outros governantes em outros estados e cidades: Janela Quebrada, Tolerância Zero, e Qualidade de Vida (Skiba & Knesting, 2001). Dezenas, talvez centenas, de artigos já fora publicados sobre a ação de Giuliani em Nova Iorque, mas praticamente nem um deles aborda dois pontos importantes para o sucesso da grande mudança cultural: um aumento de cerca de 30% no efetivo da polícia (muito mais polícia nas ruas) e um acompanhamento e avaliação contínuos do desempenho de cada policial (Greene, 1999).
            “Tolerância zero’ em si talvez tenha trazido mais problemas que soluções a longo prazo, com queixas de viés racial na ação dos policiais e na total inadequação para controlar a violência nas escolas (Giroux, 2003; Greene, 1999). “Janela Quebrada”, por outro lado foi uma teoria saudada com entusiasmo pelos partidos políticos de direita (predominância do capital sobre o trabalho) e combatida pelos partidos de esquerda (combate à desigualdade de renda).


REFERÊNCIAS

Cabral, M. D. C. & Todorov, J. C. (2015). Contingências e metacontingências no processo legislativo da lei sobre a remição da pena pelo estudo. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 11(2), 195-202.
Carvalho, I. C. V. & Todorov, J. C. (2016). Metacontingências e produtos agregados na lei de diretrizes e bases da educação: primeiro o objetivo, depois como chegar lá. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 12(2), 75-85.
Giroux, H. A. (2003). Racial injustice and disposable youth in the age of zero tolerance. Qualitative Studies in Education,16(4), 553–565.
Glenn, S. (1993). Windows on the 21st Century. The Behavior Analyst, 16, 133-151.
Greene, J. A. (1999). Zero tolerance – A case study of police policies and practices in NYC. Crime and Delinquency,45(2), 171-187.
Jackson, J., Bradford, B., Hohl, K., & Farrall, S. (2009). Does the fear of crime erode public condence in policing? Policing, 3(1), 100–111. doi: 10.1093/police/pan079
Kelling, G., & Wilson, J. (1982). Broken windows: The police and neighborhood safety. Atlantic Monthly, 249(3), 29-38.
Skiba, R. J. & Knesting, K. (2001). Zero tolerance, zero evidence: An analysis of school disciplinary practice. New Directions for Youth Development, 92, 17-43.
Skinner, B. F. (1953). Science and human behavior. New York: MacMillan.
Todorov, J. C. (1987). A Constituição como metacontingência. Psicologia: Ciência e Profissão, 7, 9-13. (Portuguese)
Todorov, J. C. (2005). Laws and the complex control of behavior. Behavior and Social Issues, 14, 86-91.
Weaver, T. (2016). Urban crisis: The genealogy of a concept. Urban Studies, Special, 1–17, DOI: 10.1177/0042098016640487






terça-feira, 14 de janeiro de 2020

O que é metacontingência e por que é (des)necessária?


"O que é metacontingência e por que é (des)necessária?"
Publicada no blog da ABPMC a convite de Diego Zilio

A palavra metacontingência foi proposta em 1986 por Sigrid Glenn (Glenn, 1986) para se referir a efeitos coletivos a médio ou longo prazos de operantes individuais independentes. Em 1987 foi usada como um conjunto de contingências e metacontingências que programa um determinado Produto Agregado (Todorov, 1987). Durante 20 anos aparece principalmente em artigos teóricos, como o que se dedica a explicar o comportamento dos eleitos no Congresso americano (Lamal & Greenspoon, 1992).
Contingência é uma relação condicional entre dois eventos. No caso da contingência comportamental, se um comportamento ocorrer, então uma consequência ocorrerá em tais e quais circunstâncias. Uma consequência pode ocorrer sempre que o comportamento ocorre, ou depois de repetidas ocorrências do comportamento, ou dependendo do tempo decorrido desde a última ocorrência dessa consequência, ou dependendo de inúmeras combinações de tempo e número de respostas, e de relações fixas ou variáveis. Resumindo: o conceito de contingência comportamental abarca infindáveis exemplos de interações comportamento-ambiente, inúmeras das quais estão documentadas em livros e artigos científicos, como, por exemplo, na Revista Brasileira de Análise do Comportamento.
Metacontigência é uma relação condicional entre a colaboração de pelo menos duas pessoas (contingências comportamentais entrelaçadas) que resulta em determinado produto e alguma consequência programada por um ambiente cultural selecionador. Metacontingências podem ser classificadas de acordo com o tipo de relação de consequência (cerimoniais ou tecnológicas) e da especificação do produto agregado (conservadoras ou transformadoras), e de combinações de relação de consequência e especificação do produto (por exemplo, cerimonial conservadora, tecnológica transformadora, etc., Todorov, 2013).
Uma metacontingência não é apenas um jogo de contingências individuais de pessoas diferentes. Uma metacontingência consiste em contingências individuais entrelaçadas, que produzem um mesmo efeito e levam a uma mesma conseqüência (Lamal & Greenspoon, 1992). No caso das práticas culturais, o agente a ser selecionado é o efeito (Produto Agregado) produzido pela prática (as contingências comportamentais interligadas). A variação é proporcionada por permutações no comportamento dos indivíduos que participam da prática (Glenn, 1991, pp. 62-63). Há uma ênfase no processo seletivo do entrelaçamento de muitos operantes e, consequentemente, na transmissão de padrões comportamentais através do tempo, reforçando também a ideia de que a unidade de análise pode ser a relação entre o entrelaçamento e o produto agregado (Glenn, 1988), a descrição das funções de diferentes efeitos ambientais produzidos pelo entrelaçamento (Glenn & Malott, 2004) e uma diferenciação entre processos de variação e seleção que ocorrem em nível individual (relações de macrocontingência) e processos de variação e seleção que ocorrem em nível cultural (relações de metacontingência, Malott & Glenn, 2006; Martone & Todorov, 2007; Glenn et al., 2016)).
Ao descrever as complexas relações comportamentais que ocorrem no terceiro nível de variação e seleção, o conceito de metacontingência coloca-nos frente a importantes questões conceituais e metodológicas:
(1)   o problema da unidade de análise no nível cultural e,
(2)   em se tratando de análise experimental, a variável crítica a ser manipulada no sentido de produzir, em condições controladas de laboratório, a seleção de um entrelaçamento específico de muitos comportamentos ao longo do tempo, desencadeando a transmissão do que Glenn & Malott (2004) denominam de “linhagem cultural” (Martone & Todorov, 2007).

A questão conceitual tem gerado ferrenha reação. Entre os participantes do I Think Tank sobre Cultura e Comportamento em Campinas, 2005, três argumentaram sobre a desnecessidade do conceito de metacontingência (Branch,2006; Marr, 2006; Mattaini, 2006). No Brasil autores que já haviam publicados sobre problemas sociais usando apenas a contingência comportamental também acham desnecessário o novo conceito (Gusso e Kubo, 2007), ou agora afirmam que Skinner preferiu trabalhar só com o conceito de contingência comportamental mesmo quando fala da forço do grupo (Carrara & Zilio, 2016) e que comemoramos 30 anos de metacontingências com um fracasso: o conceito é desnecessário (Zilio, 2018).
            A análise experimental de metacontingências cresceu exponencialmente depois das críticas dos participantes do I Think Tank (Campinas, 2005). Até então só a dissertação de mestrado de Christian Vichi (2004, 2005) na PUC-SP de 2004 mostrava dados experimentais. Em 15 anos foram várias dezenas de teses e dissertações, usando diferentes procedimentos, estudando só metacontingências ou essa relação condicional embutida em procedimento mais complexo. Para citar apenas três dos publicados mais recentemente: Soares et al (2018), Guimarães, Picanço & Tourinho (2019) e da Hora & Sampaio (2019).
Concepts such as operant, culturobehavioral lineage, culturant, and macrobehavior can facilitate an interdisciplinary and multidimensional approach to social issues such as corruption. They cross through disciplines, overcoming the traditionally rigid boundary between psychological, sociological, anthropological, and economic phenomena, clarify aspects that require further investigation and contribute to the unification of the sciences that deal with human behavior in its various dimensions. This is one important way in which the concept of metacontingency and related concepts such as culturant can be useful. This was not mentioned by Zilio (2019), who recently questioned the utility of such concepts. Besides the huge amount of work (experimental, theoretical, and, to a lesser degree, applied) that employed it—as Zilio’s review itself documented—one has to take into account the conceptual coherence of such a transdisciplinary perspective on behavior, society, and culture when evaluating its utility.” (da Hora & Sampaio, 2019).


Referências
Branch, M. N. (2006). Reactions of a laboratory behavioral scientist to a “think tank” on metacontingencies and cultural analysis. Behavior and Social Issues, 15, 6-10. http://dx.doi.org/10.5210/bsi.v15i1.343.
Carrara, K. & Zilio, D. (2016). Análise comportamental da cultura: contingência ou metacontingência como unidade de análise? Revista Brasileira de Análise Do Comportamento / Brazilian Journal of Behavior Analysis, 11(2), 135-146.
da Hora, K.L. & Sampaio, A.A.S. (2019). Perspectives in Behavior Science, 42, 1-21. https://doi.org/10.1007/s40614-019-00225-y
Glenn, S. S. (1986). Metacontingencies in Walden Two. Behavior Analysis and Social Action, 5, 2-8.
Glenn, S. S. (1988). Contingencies and Metacontingencies: Toward a Synthesis of Behavior Analysis and Cultural Materialism. The Behavior Analyst 1988, 11(2), 161-179.
Glenn, S. S. (1991). Contingencies and metacontingencies: Relations among behavioral, cultural, and biological evolution. Em P. A. Lamal (Org.), Behavioral analysis of societies and cultural practices (pp. 39-73). New York: Hemisphere Publishing Corporation.
Glenn, S. S., & Malott, M. E. (2004). Complexity and selection:            Implications for organizational change. Behavior and Social Issues, 13, 89-106.
Glenn, S. S., Malott, M. E., Andery, M. A. P. A., Benvenuti, M., Houmanfar, R. A., Sandaker, I., Todorov, J. C., Tourinho, E. Z., & Vasconcelos, L. A. (2016). Toward consistent terminology in a behaviorist approach to cultural analysis. Behavior & Social Issues, 25, 11–27.  https://doi.org/10.5210/bsi.v25i0.6634
Guimarães, T.M.M., Picanço, C.R.F. & Tourinho, E.Z. (2019) Effects of Negative Punishment on Culturants in a Situation of Concurrence between Operant Contingencies and Metacontingencies. Perspectives in Behavior Science, 42,  1-18. https://doi.org/10.1007/s40614-019-00224-z
Hélder Lima Gusso, H. L. & Olga Mitsue Kubo, O. M.  (2007). O conceito de cultura: afinal, a “jovem” metacontingência é necessária?  Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 9(1), 139-144.  ISSN 1517-5545
Lamal, P. A. & Greenspoon J. (1992). Congressional Metacontingencies. Behavior and Social Issues, 2(1),  71-81.
Malott, M. E., & Glenn. S. S. (2006). Targets of intervention in cultural and behavioral change. Behavior and Social Issues, 15, 31-56.
Marr, M. J. (2006). Behavior analysis and social dynamics: Some questions and concerns. Behavior and Social Issues, 15, 57-67. doi:10.5210/bsi.v15i1.345
Martone, R. C. & Todorov, J. C. (2007). O desenvolvimento do conceito de metacontingência. Revista Brasileira de Análise do Comportamento / Brazilian Journal of Behavior Analysis, 3(2), 181-190.
Mattaini, M. A. (2006). Will cultural analysis become a science? Behavior and Social Issues, 15, 68-80.
Soares, P. F. R., Rocha, A. P. M. C., Guimarães, T. M. M., Leite, F. L., Andery, M. A, P. A., & Tourinho, E. Z. (2018). Effects of verbal and non-verbal cultural consequences on culturants. Behavior and Social Issues, 27, 31-46. doi: 10.5210/BSI.V.27I0.8252
Todorov, J. C. (1987). A Constituição como metacontingência. Psicologia: Ciência e Profissão, 7, 9-13. doi:10.1590/S1414-98931987000100003
Todorov, J. C. (2013). Conservation and transformation of cultural practices through contingencies and metacontingencies. Behavior and Social Issues, 22, 64-73.
Vichi,  C. (2004). Igualdade ou desigualdade em pequeno grupo: um análogo experimental de manipulação de uma prática cultural. Dissertação de Mestrado,   Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Vichi, C. (2005). Igualdade ou desigualdade: manipulando um análogo experimental de prática cultural em laboratório. Em J. C. Todorov, R. C. Martone         & M. B.Moreira (Orgs.), Metacontingências: comportamento, cultura e sociedade. Santo André: ESETec.
Zilio, D. (2019). On the function of science: An overview of 30 years of publications on metacontingency. Behavior & Social Issues, 28,1 –31. https://doi.org/10.1007/s42822-019-00006-x.