quarta-feira, 22 de maio de 2019

Não reforce de imediato o desempenho retomado.


Quando um experimento com ratos na caixa de Skinner nos dá ideias para aplicação imediata? Sem a teoria, nunca. Aproveitando a vantagem da teoria e alguma experiência é possível sugerir medidas aos que trabalham com aplicação. O artigo a seguir nunca foi citado (a não ser por mim), mas eu mesmo só agora resolvi escrever sobre um possível significado de seus dados.

O artigo mais citado de todos os tempos no Journal of the Experimental Analysis of Behavior (JEAB) é o de R. J. Herrnstein “On the Law of Effect” de 1970. No experimento básico com dois esquemas de reforço um pequeno atraso na oportunidade de reforço é usado para separar o responder em uma alternativa dos reforços programados pelo outro esquema. Em minha tese de doutorado, publicada em parte em 1971 no JEAB, mostrei que o atraso poderia funcionar como punição para mudar de esquema. Neste trabalho com um aluno de mestrado da Universidad Nacional Autónoma de México mostramos que esse atraso poderia afetar também o responder em esquemas simples – comportamento é escolha, escolha é comportamento. Se a cada vez que uma pausa acontece e o responder que se segue demora um pouco para ser reforçado, as pausas tendem a diminuir.

Moral (provisória) da história: não reforce de imediato o desempenho retomado depois de pausas inconvenientes.


https://www.academia.edu/37289797/Delay_of_reinforcement_for_responses_which_end_pauses_effects_on_response_rates.pdf