Quando um experimento com ratos na caixa de Skinner nos dá
ideias para aplicação imediata? Sem a teoria, nunca. Aproveitando a vantagem da
teoria e alguma experiência é possível sugerir medidas aos que trabalham com
aplicação. O artigo a seguir nunca foi citado (a não ser por mim), mas eu mesmo
só agora resolvi escrever sobre um possível significado de seus dados.
O artigo mais citado de todos os tempos no Journal of the
Experimental Analysis of Behavior (JEAB) é o de R. J. Herrnstein “On the Law of
Effect” de 1970. No experimento básico com dois esquemas de reforço um pequeno
atraso na oportunidade de reforço é usado para separar o responder em uma alternativa
dos reforços programados pelo outro esquema. Em minha tese de doutorado,
publicada em parte em 1971 no JEAB, mostrei que o atraso poderia funcionar como
punição para mudar de esquema. Neste trabalho com um aluno de mestrado da
Universidad Nacional Autónoma de México mostramos que esse atraso poderia
afetar também o responder em esquemas simples – comportamento é escolha,
escolha é comportamento. Se a cada vez que uma pausa acontece e o responder que
se segue demora um pouco para ser reforçado, as pausas tendem a diminuir.
Moral (provisória) da história: não reforce de imediato o
desempenho retomado depois de pausas inconvenientes.
https://www.academia.edu/37289797/Delay_of_reinforcement_for_responses_which_end_pauses_effects_on_response_rates.pdf