quarta-feira, 8 de junho de 2016

O Facebook e o comportamento de esquiva.


Na análise experimental do comportamento trabalhamos com uma variável independente de cada vez, mesmo sabendo que todo comportamento é multideterminado. É necessário trabalhar assim para identificar quais variáveis das presentes na situação são importantes. Para verificar se a frequência de apresentação de uma determinada consequência é importante, mantemos constantes o nível de privação (motivação), a duração, a qualidade, o odor, a consistência, e tudo o mais. 

No comportamento de esquiva, por exemplo, podemos dispor condições no laboratório de tal forma que um comportamento venha a pospor (evitar) a transição de uma situação desejável para outra menos desejável, tudo o mais permanecendo constante e independente daquele comportamento. Normalmente não nos ocupamos de outra consequência possível (no laboratório).

No ambiente natural isso não (ou raramente) ocorre. Por exemplo, neste momento estou sendo bem sucedido em pospor a saída do Facebook e a obrigação de trabalhar em minhas obrigações de pesquisador e orientador ao continuar a escrever este texto. O Facebook tem a vantagem de oferecer feedback (99% positivo sempre) imediato, enquanto um artigo publicado significa um longuíssimo atraso de reforço!

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