Impressionado
com a guinada à direita do governo Dilma lembrei-me do
economista Paul Krugman e sua coluna sobre os “libertários” estadunidenses norte-americanos.
Krugman referia-se a um artigo na revista Times, escrito por Robert Draper, que
identificou o “libertarianismo” com economia de mercado e visão social
permissiva: todo o poder ao capital e o povo que se vire.
Ao
repartir o governo, e com isso o poder, entre seu partido e os partidos da base
aliada, a grande maioria dos cargos de confiança e os comissionados ficará com
pessoas que, em termos de esquerda, “da missa não sabem a metade”. Têm um
perfil de “libertários”. A militância petista ideológica vai ter que batalhar
para manter o nível de recursos destinados à diminuição da desigualdade de
renda e de oportunidades.
George
Hilton vai fazer o marketing global de sua igreja antes, durante e depois da
Olimpíada no Rio em 2016. Sua tarefa não é diminuir a desigualdade de renda, é
aumentar o capital da igreja.
Aldo
Rebelo e seu partido sempre foram isolacionistas com relação ao mundo “não
comunista”. O que vai fazer em um ministério que só tem sentido enquanto
promove a internacionalização dos pesquisadores? A indicação é salva em parte
pela nomeação de Luís Fernandes para a Secretaria Executiva.
O jovem
Barbalho na Pesca é a personificação do nepotismo coronelista, é a Roseana do
Jáder. Deu no NY Times que os velhos coronéis da política no Brasil estão
saindo de cena, mas ao que parece Sarney só perdeu uma eleição, mas não a
guerra.
Cid e
Ciro são dois neocoronéis à procura de um partido só deles. Kassab é outro. Vão
acabar se encontrando. Os irmãos ficam com o Norte e o Nordeste, Kassab com o
resto. Parece que o Brasil não pode ficar sem caciques.
Mas voltando
a Draper e libertários: Krugman afirma que felizmente a juventude americana
parece estar convencida da vantagem de um governo mais forte e regulador da
atividade capitalista. Acredito que nossa juventude também está. E é isso que a
propaganda enganosa lhes vende como mais um governo do PT. A sigla já impôs
respeito no passado. Acho melhor falar do governo Dilma.
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