Um bom exercício para
os alunos de análise do comportamento: as relações entre os conceitos de “agência
de controle” e de “estruturas de poder erigidas para reprimir e domesticar”.
E entre as frases
“as regras da cultura são descobertas pela
observação de relações condicionais entre antecedentes, comportamento e consequências”
e
“A ordem é ao mesmo
tempo aquilo que se oferece nas coisas como sua lei interior, a rede secreta
segundo a qual elas se olham de algum modo umas às outras e aquilo que só
existe através do crivo de um olhar, de uma atenção, de uma linguagem; e é somente
nas casas brancas desse quadriculado que ela se manifesta em profundidade como
já presente, esperando em silêncio o momento de ser enunciada. ”
FOUCAULT, M., As
palavras e as coisas. Trad. S. T. Muchail, São Paulo: Martins Fontes, 2002. P.
XVI
“Naqueles dias, estava
terminando de ler um dos amenos e sofísticos ensaios de Michel Foucault em que,
com seu brilhantismo habitual, o filósofo francês afirmava que, assim como a
sexualidade, a psiquiatria, a religião, a justiça e a linguagem, o ensino
sempre fora, no mundo ocidental, uma das “estruturas de poder” erigidas para
reprimir e domesticar o corpo social, instalando sutis mas eficazes formas de
sujeição e alienação, a fim de garantir a perpetuação dos privilégios e o
controle do poder dos grupos sociais dominantes.”
O conceito de rede de relações entre os membros do grupo é mais antigo que qualquer abordagem na psicologia ou nas ciências sociais. Um texto de cerca de 1600 é muito conhecido, de John Donne.
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