A posição do Partido Republicano dos
EEUU em relação ao Acordo de Paris sobre o clima é mais um exemplo de comportamento guiado por regras, desconsiderando contingências e suas consequências. Falando
em bom behaviorês: o acordo de 99,9% das nações do mundo prevê forte ação dos
governos no combate às fontes de poluição atmosférica. Forte atuação do governo
é tudo o que a ideologia conservadora do Partido Republicano combate.
Para conservadores há uma regra básica:
quanto menos governo, melhor. A mão invisível do mercado é um santo remédio
para todos os males. Pressupõe-se que o povo é formado por cidadãos educados e
conscientes de seus direitos. Sem a proteção do governo, a mera exposição às
contingências do mercado fará cada um ser membro produtivo e empreendedor. Por
consequência, só é pobre quem não quer trabalhar.
No caso do clima, a intervenção dos
governos é extremamente necessária por uma característica do processo de
escolhas intertemporais: a poluição produzida por uma empresa representa uma
vantagem imediata, ela não tem que gastar para mudar para fontes de energia não
poluente, e uma desvantagem a perder de vista, quando eventualmente deixar de
existir porque o ambiente em sua região estiver degradado. É um exemplo de
comportamento que é ao mesmo tempo reforçado e punido, só que o reforço é imediato
e a punição vem com atraso muito longo.
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